27 de maio de 2010

Preocupação

Penso que cada vez mais os professores precisam se preocupar em encontrar recursos diferentes para fazer com que suas aulas sejam mais prazerosas.
Percebo que hoje em dia os interesses dos alunos não estão mais tão voltados em estudar para aprender, mas sim apenas para passar de ano, pois tudo que vão fazer perguntam se vale nota.
Os interesses de certos alunos de 4ª série estão voltados a namoro ou a trabalho. Os que estão preocupados em namorar não conseguem concentrar-se nas aulas, são alunos alegres, agitados e cheios de girias, já os preocupados em trabalhar são desinteressados e pacatos, estão ali pela insistência da família, pois precisam pelo menos terminar a 4ª série para ir trabalhar com o pai ou com irmão mais velho.
Temos também aqueles alunos que estão além do que a escola pode oferecer a eles, pois têm aprendido muito mais e muito mais rápido em contato com o mundo do que nas salas de aula.
Hoje vivemos num mundo em que tudo passa mais rápido, gerada pela informação que também passa muito rápido.

19 de maio de 2010

Avaliação

Hoje recebi a visita na sala de aula do professor Nestor. Confesso que não me senti a vontade com a situação, pois estar com alguém sentado no fundo da tua sala de aula te observando com o objetivo de avaliar-te é meio desagradável e nada comum, já que a última vez que ocorreu esta mesma situação já faz muito tempo. E, por tudo que observei nessa manhã que venho refletir um pouco sobre avaliação.
Sei que muito se tem falado sobre esse assunto, e que ele é bastante complicado, mas entendo avaliação sendo basicamente, acompanhamento da evolução do aluno no processo de construção do conhecimento. Mas, para eu poder afirmar algo sobre essa evolução eu necessito estar junto com esse aluno nessa caminhada. Eu posso até não lembrar do nome dele, mas ao vê-lo saberei de quem se trata, quais suas qualidades, avanços e dificuldades, se é um aluno comprometido com os estudos ou não e a forma com que ele age e realiza suas atividades. Outro aspecto que penso ser importantíssimo na hora de avaliar um aluno é nunca esquecer de respeitar as diferenças. Já que a avaliação é um processo contínuo que implica o dia a dia do aluno temos que ter o cuidado para observar o porquê do meu aluno não ter desempenhado uma tarefa como eu acho que deveria ter sido. Penso que para não cometermos injustiças com nossos alunos na hora de avaliarmos é necessário ser muito mais que um simples professor e sim um educador onde precisamos também trabalhar com as questões afetivas. O que tenho visto é que temos consciência da melhor forma de se fazer uma avaliação até porque muito se estudou a respeito desse assunto, mas na hora de colocar em prática temos que entrar no sistema. Então, tudo aquilo que acreditamos vai por água abaixo.

14 de maio de 2010

Adoção

Todo o ano adoto um aluno para ser meu xodó. Essa escolha é feita de coração, pois não escolho a quem adotar, acontece de dentro, não sei explicar, bate mais forte, como amor a primeira vista. O interessante que meus adotados têm sempre as mesmas características nas quais descobri que as considero motivo principal da adoção. Os menos favorecidos são os alunos a quem eu dedico um olhar todo especial. Aqueles que vem para a escola muitas vezes com fome, frio, carência de afeto, com bloqueios na aprendizagem devido a tantas necessidades que passam, mas são esses alunos que trazem consigo o que tanto admiro que é a educação, humildade e a vontade de aprender.
Escolhi falar sobre esse assunto já que essa semana foi dedicada ao racismo e o preconceito com os negros. Penso que precisamos também nos preocupar com os menos favorecidos dentro de nossa sala de aula, para não cairmos em contradição sobre o significado de preconceito.
Sabemos que não temos condições de resolver todos os problemas que muitas vezes nossos alunos demostram para nós, mas temos sim, condições de tentarmos ajudá-los no que for possível, e não causar mais problemas, mas precisamos fazer a nossa parte. Acredito que o primeiro passo que podemos tomar é ouví-los, pois eles precisam sentir-se valorizados e respeitados ao invés de serem rejeitados, pois esse tratamento talvez eles já recebam em casa.
Sei que mesmo tendo todo o cuidado em fazer com que a turma tenha um tratamento como merecem, mesmo assim saio muitas vezes no final da aula me sentindo incapaz, ao lembrar que
tenho um aluno que sumiu e não quer frequêntar as aulas, já fiz muitas tentativas na intenção de que ele passe a assistir, mas até agora não tive resultado. Sei que não posso contar com a família o que torna a situação ainda mais complicada.
Como eu gostaria de encontrar uma solução em que eu pudesse trazer esse menino de volta, mas até o momento não encontrei nenhuma. Segundo a professora do ano passado ele fez a mesma coisa com ela durante o ano todo, vindo a comparecer somente para fazer as avaliações finais.
Acredito que não posso desistir diante dos desafios que a profissão de educadora nos coloca, pois esses não serão os primeiros nem serão os últimos.

8 de maio de 2010

Ambiente Informatizado

Gosto de estar no Ambiente Informatizado, interagindo com os alunos, pois acho o momento ser importante, pois ocorre diversas aprendizagens nesse pouco espaço de tempo. Posso observar vários fatores envolvendo a escrita, a produção de textos no momento em que estão digitando, e fazer a minha intervenção, o meu questionamento sobre:
letra maiúscula; parágrafos; ortografia; acentuação... e ainda poder ajudá-los a conhecer melhor o manuseio desse espaço que está sendo tão importante para eles que é o blog.
Tenho alunos que não precisam ser auxiliados, pois já estão acostumados a mexer no computador em casa, principalmente no Orkut, mas também tenho alguns que não sabiam nada (que nem eu) e ainda não têm computador.
Me sinto importante em poder ajudá-los, e quando o professor faz com amor e carinho, o reflexo é nítido no rostinho e na aprendizagem do aluno.
Essa foi uma das aprendizagens que tive e na qual considero estar sendo muito significativa, por poder auxiliar o meu aluno com ferramentas que eu jamais imaginaria usar um dia, pois não despertava a minha atenção e que hoje não fico um dia sem usá-la.

1 de maio de 2010

Eu quero sempre mais

Essa música foi colocada pela professora Patrícia Thoma Eltz que ministrou a formação sobre " Os Desafios da Avaliação na Prática Pedagógica" no dia 29/04/2010, para nós ouvir.

Analisando a letra da música, "Eu quero sempre mais"nos mostra que não podemos fazer com que nossas aulas caiam na rotina. Precisamos tentar renovar com atividades que proporcionam a participação e o interesse dos alunos, caso contrário teremos alunos dispersos e bagunceiros.

Penso que quanto maiores são os alunos, a tarefa e preocupação do professor também aumenta, pois os interesses já são outros, comparado com alunos de 1º ano por exemplo.

Acredito que o professor estando aberto para escutar o que os alunos tem para nos dizer, participar de formações, ler, buscar melhor forma de organizar as atividades para que eles possam construir o seu conhecimento, seja um bom começo.