27 de novembro de 2009

Música "Aquarela"


No dia 21/11 a escola Cel. João Carlos de Vilagran Cabrita onde trabalho, completou 47 anos.

Minha turma elegeu a música "Aquarela" de Toquinho para cantar em homenagem a escola. Foram preciso alguns dias para ensaiar a música como também aprender a sacudir um improvisado instrumento feito com a embalagem do kinder ovo, cheio de arroz.

A apresentação ficou maravilhosa! Ainda mais agora que podemos contar com a ajuda do professor Marcelo que tem uma vez por semana proporcionado aos alunos 40 min. de musicalidade. Dava para perceber no rostinho das crianças a satisfação de estarem participando e mostrando o quanto são capazes, para todos os que estavam ali assistindo o espetáculo das apresentações.


18 de novembro de 2009

Rima

Essa rima foi realizada por meus alunos da 4ª série, um trabalho coletivo, feito a partir da música "Aquarela" de Toquinho. Música escolhida pela turma para homenagear a escola que completará 47 anos no dia 21/11. Atividade que faz parte do Plano de Aula da interdisciplina "Linguagem e Educação".

Aquarela coletiva
Gabriela estava fazendo chá com cravo e canela e cantando a música "Aquarela" na casa da Rafaela, e o chá era para a vó dela que foi mordida pela cadela.
Um avião caiu na favela, onde morava a avó com Rafaela que no momento se encontrava perto da janela vestindo uma luva amarela.
Quando cheguei de guarda-chuva na favela, não vi a casa de Rafaela, só uma baita plantação de canela e uma linda tela pintada com aquarela, e junto um gracioso palhaço feito com compasso.
A favela era tão linda e bela, toda amarela, onde a comunidade comia muita mortadela.
Rafaela era amiga de Renato que tinha um barco e um avião que fugiu com a Gabriela para um castelo todo feito de algodão.
Rafaela embarcou numa astronave viajou até Alvorada, foi na rua Castro Alves, onde fica a escola dela só para ver como estão os amigos, professora e a sala dela.

11 de novembro de 2009

Letramento

O que é Letramento

"Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade, nem um martelo
quebrando blocos de gramática.

Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora à luz do sol.

São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da Tv
e, mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.

É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas
dos velhos amigos.

É viajar por países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.

É um Atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.

Letrando é sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e tudo o que você pode ser".

Magda Soares.

Magda Soares consegue de forma simples nos dizer o significado do letramento.
E confirma que a observação do que se vê é muito importante para a criança, pois ela absorve, assimila melhor esse conhecimento, ao contrário do livro didático, apenas folhando e vendo figuras. Ele nos ajuda como um dos recursos, mas não é o único indicado, se queremos que ocorra uma aprendizagem significativa.

9 de novembro de 2009

Consciência fonológica

A consciência fonológica, ou o conhecimento acerca da estrutura sonora da linguagem, desenvolve-se nas crianças ouvintes no contato com a linguagem oral de sua comunidade. É na relação com diferentes formas de expressão oral que essa habilidade metalinguística desenvolve-se, desde que a criança se vê imersa no mundo linguístico. Diferentes formas linguísticas a que qualquer criança é exposta dentro de uma cultura vão formando sua consciência fonológica, entre elas destacamos as músicas, rimas, cantigas de roda, poesias, parlendas, jogos orais, e a fala propriamente dita. No entanto, de acordo com Lílian Nascimento, fonoaudióloga e doutoranda em Educação pela Unicamp, é preciso mais que cantar, ouvir e recitar. É preciso chamar a atenção da criança para os segmentos sonoros da língua oral, sejam eles sílabas, rimas ou aliterações.

Sempre gostei de usar a música como um recurso para desenvolver minhas aulas, pois acredito que não têm criança que não goste de ouvir e cantar, tornando assim a atividade prazerosa, porém não tinha conhecimento o quanto ela é importante para o desenvolvimento da consciência fonológica das crianças.

Antes mesmo da solicitação de um planejamento pela a interdisciplina de Linguagem e Educação, eu já estava trabalhando com a música "Aquarela". Essa música foi escolhida pelos alunos, para homenagearmos a escola, no dia do seu aniversário.

Essa música têm me proporcionado desenvolver atividades variadas, por ser uma letra riquíssima, onde se consegue explorar a leitura, a produção oral e escrita.




O mosaico da aquarela foi outra atividade que foi desenvolvida com os alunos, a partir da música.
Usaram para confeccionar esse trabalho, a aquarela, que por sinal tiveram dificuldades para encontrar no comércio, essa tinta. Muitas pessoas assim como os alunos, também não conheciam, nem sabiam do que se tratava e para que servia.
O compasso foi outro recurso que os alunos tiveram que aprender a manuseá-lo, para poder usar, pois nunca tinham trabalhado com ele.

As aprendizagens estão acontecendo de uma forma natural, pois a curiosidade em conhecer todos esses recursos, e tentar descobrir os significados da letra da música fez com que se mostrem interessados e comprometidos em sala de aula.

5 de novembro de 2009

Inclusão de surdos na educação

Quero deixar aqui registrado, essa entrevista que encontrei no Portal Educativo Ceale, e que achei bastante interessante já que estamos nesse semestre estudando sobre Língua Brasileira de Sinais - Libras.
O professor diz acreditar que o aluno surdo encontra grandes dificuldades em aprender a língua portuguesa, e devido a isso possa vir a ocorrer a desistência.
Pensando bem, o importante e necessário seria que todo o professor tivesse preparado para receber esses alunos, só assim eles estariam recebendo uma verdadeira educação em que têm direito.

Ceale Debate discute inclusão
Em sua última conferência de 2009, evento abordou o ensino de surdos
Autor: Ana Flávia de Oliveira

O professor da PUC Minas e da Faculdade Metropolitana de Belo Horizonte, Carlos Rodrigues, foi o convidado do Ceale Debate da última terça-feira, 27 de outubro. O especialista em Educação Inclusiva apresentou a palestra Inclusão de surdos na educação: como são construídas oportunidades de aprendizagem e participação em sala de aula? A conferência teve por base pesquisas desenvolvidas pelo professor, entre elas, sua dissertação de mestrado, concluída em 2008.
Mediada pela diretora do Ceale e professora da FaE/UFMG, Francisca Maciel, a palestra partiu de uma retomada histórica. Segundo Carlos Rodrigues, antigamente, os surdos eram considerados portadores de problemas mentais e, por isso, inaptos para o aprendizado. A aceitação da “natureza educável” dos surdos teve início a partir do século XVI. Desde então, outras transformações sócio-históricas contribuíram para o reconhecimento e a inserção das pessoas com deficiência auditiva na sociedade. Observando o contexto da sala de aula para desenvolver sua dissertação, Carlos Rodrigues notou que uma das principais causas das situações de incompreensão entre alunos surdos e professor ouvinte era o fato de se considerar a língua portuguesa como o idioma materno desses sujeitos ao invés da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O professor acredita que o aprendizado da língua portuguesa demanda um gasto cognitivo maior da criança surda, o que pode resultar em desistência. Além disso, o pesquisador defende que o uso da Libras favorece o desenvolvimento do aluno surdo. “A Libras permite que todos tenham um acesso equiparado àquilo que está sendo dito. Mas ela deve ser utilizada como língua de instrução e não somente como um recurso a mais na sala de aula.” No entanto, apenas o uso da Libras não resolve o problema da inclusão dos surdos na sala de aula. Para Carlos Rodrigues, existem outros aspectos a serem considerados. “O professor deve ficar atento, por exemplo, à organização espacial da sala porque, para que possam se ouvir, todos precisam se ver.” Ele observou ainda que é preciso mudar a forma de ensinar e usar outras estratégias que permitam a participação efetiva dos surdos na construção do conhecimento. Outro aspecto destacado pelo conferencista durante sua apresentação foi a importância de não se caracterizar esse público apenas por uma determinada condição, no caso, a surdez. “Surdo é um termo abrangente, que não leva em consideração a diversidade existente”, disse Carlos Rodrigues. De acordo com o professor, é preciso considerar os variados graus de surdez, o estágio em que ela ocorreu, bem como as próprias diferenças decorrentes, dentre outros fatores, da idade e da personalidade de cada indivíduo.