2 de novembro de 2007

Espaço da Diversidade


No dia 30/10 houve o encontro de professores na Escola Vilagran para desenvolver atividades de formação, onde tivemos palestra sobre: " Um olhar reflexivo sobre as práticas anti-racistas no cotidiano escolar" e "A não presença negra no livro didático e na literatura". Oficinas: de Bonecas Negras, de Dança e
de Contação de História.
Participei da Oficina de Contação de História com a Professora Liliane Marisa Rodrigues Machado.Graduada em Pedagogia FAPA. Habilitação: Orientação Educacional. Membro da ONG CECUNE.
A Lei nº 10.639 de 2003 tornou obrigatório o ensino da História da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio e trouxe, ou talvez, reforçou nas escolas a discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade. Talvez seja realmente a escola o lugar mais adequado para se discutir a consciência negra,a fim de superarmos a questão do preconceito racial.
A criança negra precisa se amar, se aceitar e enxergar-se como cidadã herdeira de uma cultura e de uma raça guerreira, repleta de valores e significados impares.

Acredito que este trabalho tenha que ser feito também juntamente com a família, pois muitas vezes a criança já vem de casa com a discriminação formada.
Posso citar um exemplo que ocorreu com a minha turma de 1º ano, quando tive que fazer um teatro com eles, solicitado pelo professor Gilberto. A peça escolhida pelos alunos foi da Chapeuzinho Vermelho. A menina que se candidatou para esse papel foi uma negra. Ninguém comentou nada sobre a personagem. A peça foi um sucesso, cada um realizou o papel que escolheu sem nenhum problema. Pude perceber que a minha turma não tem esse tipo de preconceito racial.
São variados os relatos que se ouve de professores sobre esse tema, mas comigo não lembro de nenhum que tenha acontecido. Existe também o educador preconceituoso, onde acredito ser bem mais difícil de ser resolvido.

Hoje em dia temos muitos livros de literatura infantil que permitem um trabalho de conscientização,interesse, valorização da cultura e identidade negra e posicionamento crítico a respeito das questões de segregação racial.

Costumo trabalhar com meus alunos a história da Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado(Ed.Ática).

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